Google resiste às soluções propostas pela Epic na Play Store

Resumo

  • O Google é contra as exigências da Epic para fazer alterações na Play Store, argumentando que elas poderiam prejudicar a privacidade e a segurança do consumidor.
  • A implementação das mudanças propostas pela Epic poderia expor os dados do usuário e impedir que o Google verificasse a segurança do aplicativo, de acordo com a gigante da tecnologia.
  • A batalha legal entre Google e Epic continua, com audiência marcada para 23 de maio para determinar os próximos passos do caso.



A briga do Google com a Epic Games, fabricante do Fortnite, está mais uma vez nas manchetes. No final do ano passado, o tribunal decidiu contra o Google, determinando que as práticas da empresa na Play Store são anticompetitivas. Ao longo do caminho, a Epic Games apresentou uma longa lista de mudanças que precisam ser feitas no local de aplicativos do Google. No entanto, o Google agora argumenta que as exigências da Epic são supérfluas.


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De acordo com um relatório do TechCrunch, a recente decisão judicial contra o Google tem um peso significativo. A gigante tecnológica está agora obrigada a fazer alterações substanciais na sua Play Store, permitindo mesmo práticas que anteriormente eram consideradas contrárias ao seu estatuto. Uma das principais demandas da Epic é que o Google permita que os clientes baixem gratuitamente seus aplicativos e jogos de qualquer plataforma de sua escolha.

Além disso, as compras dentro do aplicativo para consumidores e desenvolvedores na Play Store devem estar livres de qualquer restrição, e a Epic Games Store deve chegar aos dispositivos Android sem que o Google a bloqueie. A lista completa das demandas da Epic está detalhada na proposta de liminar da empresa em abril. A lista também inclui acesso ao catálogo da Play Store por seis anos e abandono da atual estrutura de taxas.



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Como esperado, o Google respondeu negativamente às exigências da Epic, dizendo que são desnecessárias e extravagantes. O vice-presidente de assuntos governamentais e políticas públicas do Google, Wilson White, afirma: “As demandas da Epic prejudicariam a privacidade, a segurança e a experiência geral dos consumidores, desenvolvedores e fabricantes de dispositivos”.

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A posição oficial do Google sobre as exigências da Epic é clara – ele acredita que as mudanças propostas excedem o escopo do recente veredicto do julgamento nos EUA. O Google também expressou sua disposição para defender vigorosamente seu modelo de negócios, que poderá sofrer mudanças significativas se as demandas da Epic forem atendidas.


O Google afirma ainda que a implementação das mudanças propostas pela Epic poderia comprometer a privacidade e a segurança do usuário. Ela argumenta que essas mudanças impediriam a empresa de verificar a segurança de aplicativos baixados de lojas de aplicativos de terceiros. Além disso, o Google afirma que precisa informar lojas de aplicativos de terceiros sobre os aplicativos que um usuário instalou, potencialmente expondo os dados do usuário sem o seu consentimento.

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A mudança vai totalmente contra as práticas do Google e os próximos recursos do Android 15, como o Modo de confirmação aprimorado que limita as permissões para aplicativos transferidos de sidel. Curiosamente, no caso antitruste da Epic contra a Apple, a fabricante do iPhone baseou-se no mesmo raciocínio para convencer o juiz de que suas práticas atuais existem para manter os usuários seguros e que removê-las colocaria os usuários em risco. Se funcionou para a Apple, também pode funcionar para o Google.


Finalmente, o Google disse que já havia chegado a um acordo com os procuradores-gerais do estado para abandonar acordos de exclusividade com desenvolvedores. Assim, as soluções propostas pela Epic são desnecessárias e também podem reduzir a concorrência na Play Store.

Apesar dos argumentos e contra-argumentos, a batalha jurídica entre Google e Epic está longe de terminar. Ambas as partes deverão comparecer a uma audiência perante o juiz James Donato em 23 de maio. A decisão do juiz será fundamental para determinar os próximos passos neste caso antitruste de alto risco, mantendo o público tenso.